segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ginástica Rítmica Adaptada


Em 1978, inicia-se na APAE de Guaratinguetá o trabalho de Ginástica Rítmica coordenado pela professora Elisete de Andrade Leite (Professora Lili). Pelo que se tem conhecimento foi a primeira instituição com atendimento à crianças com deficiência intelectual a trabalhar Ginástica Rítmica no Brasil. O primeiro grupo de alunas iniciantes era restrito, apenas 12 meninas, dentre elas algumas com deficiência auditiva. Era comum naquela época, as APAES atenderem também as crianças com deficiência auditiva.

“Desde o inicio do nosso trabalho com meninas com deficiência intelectual, a intenção de trabalhar a Ginástica Rítmica não era participar de competições e sim trabalhar movimentos desta modalidade que contribuíssem com a maturação motriz das alunas. As formas básicas do movimento: andar, correr, saltar, saltitar, molejar e impulsionar e suas características dinâmicas; lançar, aparar, quicar, bater, balançar, correr, rolar as quais são encaradas como naturais e espontâneas para a criança, melhora consideravelmente as habilidades motoras das mesmas.” (LEITE,2008)

O lúdico sempre estava presente nas aulas da Professora, com materiais alternativos: lenços, pandeiros, faixas, bastões, bandeiras, cocos. Estes elementos alternativos é que nos dão base para a introdução futura dos aparelhos oficiais da Ginástica Rítmica.

Aparelhos:
Os aparelhos usados pelas meninas com Deficiencia Intelectual são os mesmos da FIG, porém adaptados em tamanho e peso de acordo com a estatura e habilidades das atletas especiais.

Regras:
As regras para essas competições são adaptadas da FIG, porém respeitando os níveis e as habilidades das atletas com Deficiência Intelectual,

Competições
No ano de 1987, o Brasil teve sua primeira participação na Special Olympcs Games (USA) com a participação da atleta Ana Maria de Jesus. Foi também o primeiro ano que a Specyal Olympcs realizou esta modalidade como competição Especificamente na G.R. Ana Maria competiu com o aparelho Fita em uma série obrigatória e uma série livre também com o aparelho Fita.
Com a repercussão da participação deste evento internacional e medalhas conquistadas pela atleta, finalmente em 1990 realiza-se a primeira competição Oficial de G.R na Olimpíada Estadual das APAEs e Escolas especializadas na Cidade de Santa Bárbara do Oeste. A partir daí a APAE de Guaratinguetá, torna-se referência quanto a esta modalidade, para contribuições em orientações nos treinamentos de outras meninas, seminários e colaborações quanto a execução de regulamentos para as próximas competições.

Participações de Ginástica Rítmica Adaptada do Brasil em eventos internacionais


1987 – Specyal Olympcs Games-Jogos Mundiais de Verão - South Band ( U.S.A)
( 1 Atleta do Brasil ) Técnica - Elisete de Andrade Leite
1997- I campeonato Internacional de Ginástica Rítmica –Maipu –Chile
(12 atletas do Brasil) Técnica das 4 atletas de Guaratinguetá : Elisete de Andrade Leite
1999- Specyal Olympcs Games –Jogos Mundiais de Verão - Carolina do Norte ( U.S.A) ( 1 Atleta do Brasil ) Técnica Elisete de Andrade Leite
2006- Specyal Olympcs - I Jogos Latino Americano das Olimpíadas Especiais-El Salvador – ( 4 Atletas do Brasil ) Técnica : Elisete de Andrade Leite
2010- -Porto Rico – ( 2 Atletas do Brasil ) Técnica Elisete de Andrade Leite

Próximo Evento Internacional: Special Olympcs Games “Greece 2011”

Dia 03 de setembro de 2010 , será realizado em Guaratinguetá a seleção de 5 atletas especiais para participarem dos Jogos Mundiais de Verão da Grécia (junho de 2011). Temos 40 atletas inscritas.


Texto adaptado do TCC (Curso de Pós Graduação da Universidade Estadual de Campinas 2008) de
Elisete de Andrade Leite, PEB II- Educação Física da E.E.Dr. Flamínio Lessa
D.E. Guaratinguetá

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Olimpíada da Juventude-Texto

Delegação para Olimpíada da Juventude viaja para aclimatação em Dubai, antes de ir a Cingapura
São 3.500 atletas de 14 a 18 anos inscritos por 205 países; Brasil vai com 81
COB promove seminário de preparação para atletas que vão à Olimpíada da Juventude

Foto Guto Marcondes/Vipcomm

Bernard Rajzman, da geração de prata do vôlei, diz que quando foi pela primeira vez a Jogos Pan-Americanos, na Cidade do México-1975, se sentiu em uma “Disneylândia”, com muita comida, refrigerante à vontade, tudo de graça... Justamente para evitar esse deslumbramento, que pode ser prejudicial a atletas mais jovens que vão a competições importantes, é que o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) organizou neste fim de semana seu Seminário Preparatório para a delegação que representará o país na Olimpíada da Juventude, em Cingapura, de 14 a 26 de agosto.
O embarque, no aeroporto de Guarulhos, será na segunda-feira (2). A delegação segue para Dubai, onde fará aclimatação até o dia 9, antes de seguir para Cingapura. São 81 atletas inscritos em 21 das 26 modalidades (o país participa de três a mais que os Estados Unidos, que vão com apenas um atleta a mais que o Brasil). A chefe de missão é Adriana Behar, duas vezes vice-campeã olímpica de vôlei de praia, em parceria com Shelda, em Sydney-2000 e Atenas-2004.
Com atletas entre 14 e 18 anos, os pais também foram convidados a acompanhar instruções, abrangendo desde comportamento adequado a culturas diferentes até responsabilidades como leitura atenta da listagem de medicamentos considerados doping. Todos foram apresentados aos dirigentes que estarão à frente do grupo, de Carlos Nuzman, presidente do COB, e Marcus Vinícius Freire, superintendente, ao chefe médico José Padilha.
Com relação a costumes, foi lembrado, por exemplo, que em Cingapura atravessar fora da faixa de pedestres, jogar lixo ou cuspir na rua, comer e beber no metrô e mesmo mascar chiclete dá multa de quase R$ 1.000 (a rigidez é extrema com relação ao tráfico de drogas: pena de morte).
O espírito da Olimpíada da Juventude é diferente da Olimpíada de Verão e Inverno. A ideia do COI (Comitê Olímpico Internacional), é atrair os jovens – cada vez menos ligados à prática de atividade física – para o esporte, e também promover cultura e valores como responsabilidade, respeito ao outro. Serão 3.500 atletas, muitos deles convidados, dos 205 países filiados ao COI, para uma Olimpíada com mais espírito de festival do que de competição.
Sempre seguindo com o objetivo de rejuvenescimento do movimento olímpico, o COI também colocará um telefone celular à disposição para cada atleta, com número de Cingapura, para interagir com a internet e receber ligações de familiares e amigos.
Denise Mirás, do R7(31/07/2010)